terça-feira, 30 de março de 2010

Renascimento Cultural - Material de apoio para prof. Fátima/ artes

Renascimento Cultural
O Homem Vitruviano é um desenho famoso que acompanhava as notas que Leonardo da Vinci fez ao redor do ano 1490 num dos seus diários.


História do Renascimento Cultural, artistas do Renascimento Artístico, Renascimento Científico, arte na Renascença Italiana, grandes obras de artistas italianos, resumo

Introdução

Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.

Contexto Histórico

As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.

Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

Características Principais:

- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus ( teocentrismo ), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.

Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França e Países Baixos.

Monalisa  de Leonardo da Vinci: Monalisa de Leonardo da Vinci: uma das obras de arte mais conhecidas do Renascimento

Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:

- Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos percursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

- Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.

Renascimento Científico

Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.

Galileu  Galilei Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento Científico

Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas idéias para fugir da fogueira

Características das obras Renascentistas
Aspectos estéticos das obras renascentistas, valores, princípios, principais artistas do Renascimento Cultural


Introdução

O Renascimento Cultural foi um importante movimento cultural que ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI. Entre os principais artistas deste período, podemos citar: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Donatello, Botticelli, entre outros.

As obras renascentistas (pinturas, esculturas, livros) apresentavam características comuns:

- Resgate da estética da cultura greco-romana, principalmente a busca da perfeição na elaboração de esculturas e pinturas;

- Antropocentrismo: valorização das capacidades artísticas e intelectuais dos seres humanos;

- Valorização da ciência e da razão, buscando explicações racionais para os eventos naturais e sociais;

- Valorização e interesse por vários aspectos culturais e científicos (literatura, artes plásticas, pesquisas científicas).

- Humanismo: conjunto de princípios que valorizavam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc).

A arquitetura renascentista

Tempietto de Bramante, Rom www.greatbuildings.com

Para compreender melhor as idéias que orientaram as construções renascentistas, retomemos rapidamente a linha evolutiva da arquitetura religiosa.

No início, a basílica cristã imitava um templo grego e constituía-­se apenas de um salão retangular. Mais tarde, no período bizantino, as plantas das igrejas complicaram-se num intrincado desenho octogonal. A época românica, por sua vez, produziu templos com espaços mais organizados. Já a arquitetura gótica buscou uma verticalidade exage­rada, criando espaços imensos, cujos limites não são claramente visíveis.

No Renascimento, a preocupação dos construtores foi diferente. Era preciso criar espaços compreensíveis de todos os ângulos visuais, que fossem resultantes de uma justa proporção entre todas as partes do edifício.

A principal característica da arquitetura do Renascimento, portanto, foi a busca de uma ordem e de uma disciplina que superasse o ideal de infinitude do espaço das catedrais góticas. Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.

Um dos arquitetos que pela primeira vez projetou edifícios que espelham esse ideal do Renascimento foi Filippo Brunelleschi (1377-1446).

Brunelleschi é um exemplo de artista completo do Renascimento, pois foi pintor, escultor e arquiteto, além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dan­te. Foi como construtor, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença — conhecida também por igreja de Santa Maria del Fiore, o Hospital dos Inocentes e a Capela Pazzi, sendo nessa onde alcançou plenamente os objetivos da arquitetura renascentista. Aí, não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício.

O Palácio Ducal de Urbino, cuja autoria do projeto é desconhecida, trata-se de outro exemplo de construção renascentista que revela o espírito científico e humanista da Renascença.


A pintura renascentista

O Nascimento de Vênus  - Sandro Botticelli - 1483

O Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli - 1483

A pintura do Renascimento confirma as três conquistas que os artistas do último período gótico já haviam alcançado : a perspectiva, o uso do claro-escuro e o realismo.

No final da Idade Média e no Renascimento, porém, predomina a tendência de uma interpretação cientifica do mundo. O resultado dis­so nas artes plásticas, e sobretudo na pintura, são os estudos da pers­pectiva segundo os princípios da Matemática e da Geometria. O uso da perspectiva conduziu a outro recurso, o claro-escuro, que consiste em pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra. Esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos. A combinação da perspectiva e do claro-escuro contribuiu para o maior realismo das pinturas.

Outra característica da arte do Renascimento, em especial da pintura, foi o surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais.

Durante a Idade Media, como vimos, a produção artística era anônima. Isso ocorreu porque toda a arte resultou de idéias anteriormente estabelecidas — seja pelo poder real, seja pelo poder eclesiástico — as quais o artista deveria se submeter.

Com o Renascimento esse quadro se altera, já que o período se caracteriza pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo. E, portanto, a partir dessa época que começa a existir o artista como o conceituamos atualmente: um criador individual e autônomo, que expressa em suas obras os seus sentimentos e suas idéias, sem submissão a nenhum poder que não a sua própria capacidade de criação.

Assim, no Renascimento são inúmeros os nomes de artistas conhecidos, tendo cada um características próprias, como veremos a seguir.

Masaccio : a pintura como imitação do real

Masaccio (1401-1428) foi o primeiro pintor do século XV a conceber a pintura como imitação fiel do real, como a reprodução das coisas tal como elas são.

O seu realismo era tão cuidadoso que ele parece ter a intenção de convencer o observador a respeito da realidade da cena retratada, como se pode observar em seus quadros Adão e Eva Expulsos do Paraíso, São Cedro Distribui aos Pobres os Bens da Comunidade e São Pedro Cura os Enfermos. Mas além disso, o pintor parece convidar o observador a também participar do que está representado na pintura, que observamos nas obras Santíssima Trindade e Madona com o Menino.

O artista do Renascimento não vê mais o homem como uma simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.

Fra Angélico : a busca da conciliação entre o terreno e o sobrenatural

Fra Angélico (1387-1455) Sua pintura, embora siga os princípios renascentistas da perspectiva e da correspondência entre luz e sombra, esta impregnada de um sentido místico. É o caso, por exemplo, de O Juizo Universal e Deposição. O ser humano representado em suas obras de não parece manifestar angústia ou inquietação diante do mundo, mas serenidade, pois se reconhece como submisso a vontade de Deus.

Em sua obra Anunciação, pintada entre 1433 e 1434, nota-se que ainda persiste a intenção religiosa. No entanto, a perspectiva e o realismo já são bastante evi­dentes. Aqui, as figuras ganham volume e as feições mais humanas, diferentemente do aspecto menos realista das personagens que aparecem nos quadros pintados anteriormente, e a anunciação do anjo a Maria ambientada numa construção cujas linhas geometrias parecem abrigar a serenidade com que Nossa Senhora ouve a mensagem divina.

Paollo Uccello : encontro das fantasias medievais e da perspectiva geométrica

Paollo Uccello (1397-1475) procura compreender o mundo segun­do os conhecimentos científicos do seu tempo e, em suas obras, tenta recriar a realidade segundo princípios matemáticos.

Mas, por outro lado, sua imaginação corteja as fantasias medievais, o mundo lendário de um período que já estava se constituindo num passado superado. Essa característica de Uccelo pode ser observada no quadro São Jorge e o Dragão.

Além disso, outro aspecto importante de sua pintura é a representação do momento em que um movimento está sendo contido. No painel central do tríptico Batalha de São Romão, por exemplo, os cavalos parecem refrear o ímpeto de uma corrida que logo será iniciada.

Piero della Francesca : a imobilidade e beleza geométrica

Para Piero della Francesc a (1410-1492) a pintura não tem por função representar um acontecimento. As cenas que suas obras mostram ser­vem como suporte para a apresentação de uma composição geométrica. Na Ressurreição de Jesus, por exemplo, o grupo de figuras humanas ali representadas compõe uma pirâmide, cujo ponto mais elevado é a cabeça de Cristo e cuja base são os soldados que dormem sentados no chão próximo ao túmulo.

No díptico que retrata o Duque Frederico de Mon­tefeltro e sua esposa Battista Sforza é bastante clara a preocupação do artista em reduzir as figuras as suas formas geométricas.

Os pintores cubistas do século XX impressionaram-se muito coram essa obra. Eles compreenderam a aproximação feita entre as figuras humanas e as geométricas, pois fica patente no retrato do duque e de sua esposa que o rosto feminino assemelha-se a uma esfera, e o masculino, a um cubo.

Como pudemos ver por esses exemplos, em Piero della Francesca a pintura não se destina a transmitir emoções, como alegria, tristeza, sensualidade. Para ele, a pintura resulta da combinação de figuras e do uso de áreas de luz e sombra. Seu universo é representado de uma forma geométrica e estática. Isso pode ser observado também no Batismo de Jesus e em Nossa Senhora com o Menino e Santos.

Botticelli : a linha que sugere ritmo e não energia

Botticelli(1445-1510) foi considerado o artista que melhor expressou, através do desenho, um ritmo suave e gracioso para as figuras pin­tadas. Os temas de seus quadros — quer tirados da Antiguidade grega, quer tirados da tradição cristã — foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão da graça divina. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancolias porque supõem que perderam esse dom de Deus.

Sua criação mais famosa, Nascimento de Vênus, retoma um tema da Antiguidade pagã, mas Botticelli transforma Vênus, a deusa do amor, no símbolo da pureza e da verdade.

Mas é na obra A Primavera que podemos compreender melhor as características de Botticelli. Essa pintura foi feita para decorar uma parede da casa de um dos membros da família Médici, de Florença. O assunto é a representação do mundo pagão. Ao centro esta a deusa Vênus; acima de sua cabeça, Cupido dispara suas setas que despertam o sentimento do amor. A esquerda de Vênus estão Flora, a Primavera — uma jovem com um ramo de flor na boca — e Zéfiro, o vento oeste, na mitologia grega. A direita de Vênus estão as três Graças e Mercúrio, o mensageiro dos deuses. Aparentemente, as figuras não tem muita relação entre si, mas o observador as percebe como um conjunto.O que as une é o ritmo suave do desenho e a sugestiva paisagem em tons escuros que favorecem a impressão de relevo das figuras claras em primeiro plano.

Leonardo da Vinci : a busca do conhecimento cientifico e da beleza artística

Leonardo da Vinci(1452-1519) foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.

Aos 17 anos esteve em Florença, como aprendiz, no estúdio de Ver­rocchio, escultor e pintor já consagrado. Em 1482 foi para Milão, onde se interessou por questões de urbanismo e fez um projeto completo para a cidade. Projetou uma rede de canais e um sistema de abastecimento de água e de esgotos. Previu ruas alinhadas, praças e jardins públicos. Por volta de 1500, dedicou-se aos estudos de perspectiva e de óptica, de proporções e anatomia. Nessa época realizou inúmeros desenhos — cerca de 4 000 — acompanhados de anotações e os mais diversos estudos sobre proporções de animais, movimentos, plantar de edifícios e engenhos mecânicos.

Na verdade, Leonardo Da Vinci pintou pouco: o afresco da Santa Ceia, no convento de Santa Maria della Grazie, em Milão, e cerca de quinze quadros, dentre os quais destacam-se Anunciação, Gioconda e Santana, a Virgem e o Menino. Ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas que estimula a imaginação do observador. Um exemplo disso é o quadro A Virgem dos Rochedos. Um conjunto de rochas escuras faz fundo para o grupo formado por Maria, São João Batista, Jesus e um anjo. Essas figuras estão dispostas de maneira a formar uma pirâmide, da qual Maria ocupa o vértice. Essa disposição geométrica das personagens mais a luz que incide no rosto da virgem, em contraste com as rochas escuras, a torna o centro da obra.

Mas a nossa atenção é desviada para o Menino Jesus, o que o torna a figura principal da composição. Leonardo conseguiu isso pelo envolvimento do corpo do menino na luz, pela atitude de adoração de São João, pela mão de Ma­ria estendida sobre a cabeça do menino e pela atitude protetora do anjo, que o apóia.

Por sua vez, a profundidade do quadro é dada pela luz que brilha muito além da escuridão da superfície das pedras.

Michelangelo : a genialidade a serviço da expressão da dignidade humana

Aos 13 anos, Michelangelo (1475-1564) foi aprendiz de Domenico Ghirlandaio, consagrado pintor de Florença. Mais tarde passou a freqüentar a escola de escultura mantida por Lourenço Médici, também em Florença, onde entrou em contato com a filosofia de Platão e com o ideal grego de beleza — o equilíbrio das formas.

Entre 1508 e 1512, Michelangelo trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande numero de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas cenas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a da criação do homem. Deus, representado por um homem de corpo vigoroso e cercado por anjos, estende a mão para tocar a de Adão, representado por um homem jovem, cujo corpo forte e harmonioso concretiza magnificamente o ideal da beleza do Renascimento.


Rafael: o equilíbrio e a simetria

Rafael Sanzio (1483-1520) é considerado o pintor que melhor desenvolveu, na Renascença, os ideais clássicos de beleza: harmonia e regularidade de formas e de cores. Tornou-se muito conhecido como pintor das figural de Maria e Jesus e seu trabalho realizou-se de modo tão precisamente elaborado que se transformou em modelo para o ensino acadêmico de pintura.

Suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplos, claros e de acordo com uma simetria equilibra­da. Rafael evitou o excesso de detalhes e o decorativismo, expressando sempre de forma clara e simples os temas pelos quais se interessou.

Dentre sua grande produção é importante mencionar A Libertação de São Pedro, A Transfiguração e A Escola de Atenas. Esta última é um afresco pintado no Palácio do Vaticano, que pretende ser um sumário gráfico da história da filosofia grega. No centro, estão Pla­tão e Aristóteles. À volta deles agrupam-se outros sábios e estudiosos. Mas depois que o olhar do observador passeia pelo conjunto das figuras, procurando identificar aqui e ali outros personagens, sua atenção volta-se para o amplo espaço arquitetônico representado pela pintura. São admiráveis a sugestão de profundidade e a beleza monumental das arcadas e estatuas. E neste modo de representar o espaço e de ordenar as figural com equilíbrio e simetria que residem os valores artísticos da pintura serena, mas eloqüente de Rafael.

A escultura renascentista italiana

Escultura consagra Michelangelo David,
feita em mármore de Carrara, concluída em 1504.


Na escultura italiana do Renascimento, dois artistas se destacam por terem produzido obras que testemunham a crença na dignidade do homem:
Michelangelo e Verrocchio.

Inicialmente, Andréa Del Verrocchio (1435-1488) trabalhou em ourivesaria. Esse fato acabou influenciando sua escultura. Observando algumas de suas obras, encontramos detalhes decorados que lembram as minúcias do trabalho de um ourives. E assim com os arreios do cavalo do Monumento Eqüestre a Colleoni, em Veneza, ou nos detalhes da túnica do seu Davi, em Florença. Mas Verrocchio foi escultor seguro na criação de volumes e considerado, na estatuaria, um precursor do jogo de luz e sombra, tão próprio da pintura de seu discípulo Leonardo da Vinci.

Quando alguém observa atentamente a escultura que Verrocchio fez para o personagem bíblico Davi, inevitavelmente a compara ao Davi de Michelangelo.

É interessante notar que as figuras humanas concebidas por Mi­chelangelo e por Verrocchio para representar o jovem que, segundo a narração bíblica, derrota o gigante Golias, são extremamente diferentes entre si. O Davi de Verrocchio é uma escultura em bronze e retrata um adolescente ágil e elegante, em sua túnica enfeitada. Já o mesmo Davi em mármore, de Michelangelo, apresenta-se como um desafio para quem o contempla. Ao observarmos esta escultura, notamos que não se trata de um adolescente e sim de um jovem adulto, com o corpo tenso e cheio de energias controladas. Não é frágil como o Davi de Ver­rocchio, nem perfeito e elegante como o Antinuos grego. A mão é colossal, mesmo na proporção da estátua. É a mão de um homem do povo, forte e acostumado ao trabalho. Mas é na cabeça que se encontram os traços mais reveladores. O Davi de Michelangelo tem uma expressão desconhecida na escultura até então. Contém uma espécie de força exterior que não aparece no humanismo idealizado dos gregos. O Davi de Michelangelo é heróico. Possui um tipo de consciência que surge com o Renascimento em sua plenitude: a capacidade de enfrentar os desafios da existencia. Não é apenas contra Golias que este Davi se rebela e batalha. E contra todas as adversidades que podem ameaçar o ser humano.

A criatividade de Michelangelo manifestou-se ainda em outros trabalhos, como a Pietá, conhecido conjunto escultórico conservado atualmente na basílica de São Pedro, em Roma, e as esculturas para a capela da família Médici, em Florença.

A Pietá realizada quando o artista tinha apenas 23 anos, mostra um surpreendente trabalho de escultura em mármore, ao registrar o drapeado das roupas, os músculos e as veias dos corpos. Mas é na figura de Maria é que ele manifesta seu gênio criador. Desobedecendo a passagem do tempo, retrata a mãe de Jesus como uma mulher jovem, cuja expressão de docilidade contrasta com o assunto da cena: o recolhimento do corpo de seu filho após a morte na cruz.

Na capela da família Médici, Michelangelo realiza trabalhos de escultura nas tumbas dedicadas a Lourenço, Duque de Urbino, e a Juliano, Duque de Nemours. No túmulo de Lourenço estão as alegorias o Crepúsculo e a Aurora; no tumulo de Juliano, o Dia e a Noite.

É interessante observar como Michelangelo concebeu essas quatro figuras que reapresentam a passagem do tempo. A Aurora, embora simbolize o despertar da vida, traz um véu na cabeça, que e sinal de luto. O Crepúsculo, apesar de ser um homem maduro, tem o rosto indefinido. Já a Noite, melancólica, em sua posição esquisita, parece não conseguir re­pousar, enquanto o rosto do Dia, aparente­mente inacabado, revela incerteza.

Evidentemente, é possível admirar muitos escultores italianos renascentistas, mas a grandeza heróica de Michelangelo detém os olhos e as emoções de quem quer conhecer a arte da escultura desse período.

O renascimento nos Alemanha e nos Países Baixos

As concepções estéticas italianas de valorização da cultura greco-romana começaram a se internacionalizar e atingir outros paises europeus. Nesses países, foi comum o conflito entre as tendências nacionais e as novas formas artísticas vindas da Itália. Mas esse conflito acabou se resolvendo com a nacionalização das idéias italianas.

Fora da Itália, foi a pintura, entre as artes plásticas, que melhor refletiu a nacionalização do espírito humanista tão próprio da Renascença italiana. No século XV, ainda eram conservadas, na pintura alemã e na dos Paises Baixos, por exemplo, as características do estilo gó­tico. Mas alguns artistas, como Durer, Hans Holbein, Bosch e Bruegel, fizeram uma espécie de conciliação entre o gótico e a nova pintura ita­liana, que resultava de uma interpretação cientifica da realidade.

Durer: a busca dos tacos psicológicos do ser humano

Albrecht Durer (1471-1528) foi o primeiro artista alemão a conceber a arte como uma representação fiel da realidade. Por isso, em várias de suas obras, procurou refletir a realidade de seu tempo e de seu país, representando camponeses, soldados e gente do povo em seus trajes característicos. Como se dedicou a estudos de geometria e perspectiva, valorizou os métodos científicos para a analise e recriação das paisagem naturais e da figura humana.

Ao contrário de outros artistas que admiravam a geometria e fize­ram das figuras geométricas suportes para o desenho da figura humana, Durer, famoso pelos vários retratos que fez dele mesmo, de seu pai e de personalidades da época, buscou também os traços psicológicos do retratado. É assim, por exemplo, com o retrato de Oswolt Krel. Nele o artista não apenas registra fielmente os traços físicos e a posição social do personagem, como revela também um pouco do caráter enérgico desse comerciante alemão.

Além de pintor, Durer foi desenhista e gravador. São famosos os desenhos que fez para ilustrar livros, não só por causa da beleza de suas linhas, mas também porque, como os desenhos de Leonardo da Vinci, contribuíram para a compreensão cientifica da natureza.

Hans Holbein: a valorização do humanismo

Hans Holbein (1498-1543) ficou conhecido na história da pintura como retratista de personalidades políticas, financeiras e intelectuais da Inglaterra e dos Paises Baixos. Seus personagens são retratados segundo os princípios de um realismo tranquilo, diferente da inquietação que Durer imprimia a seus retratos. Soube expressar com serenidade e es­mero técnico tanto o idea1 renascentista de beleza como a precisão da forma.

Dos seus retratos, é bastante conhecido o de Erasmo de Roterdã. Holbein, amigo de Eras­mo, retratou com simplicidade e fina perspicácia os traços físicos e psicológicos deste grande humanista do século XVI, considerado, dentro de sua época, o maior defensor da internacionalização da cultura e contrario aos excessos nacionalistas, que conduzem a preconceitos e impõe estreitos limites a inteligência humana.

Bosch : a força da fantasia

Hieronymus Bosch (1450-1516) criou um estilo inconfundível. Sua pintura é rica em símbolos da astrologia, da alquimia e da magia conhecidas no final da Idade Media. No entanto, nem todos os elementos presentes em suas telas podem ser decifrados, pois ele seleciona e combina aspectos dos mais diversos seres, criando formas que estão presentes apenas nos sonhos ou nos delírios. Desse modo, uma figura pode apresentar aspectos vegetais e animais associados arbitrariamente pelo artista.

Por que a composição desse artista e assim e o que ela reflete? Alguns críticos vêem na pintura de Bosch a representação do conflito que inquietava o espírito do homem do final da Idade Media: a tensão entre o sentimento do pecado ligado aos prazeres materiais, de um lado, e a busca das virtudes de uma vida ascética, de outro. Além disso, um forte misticismo se espalhou pela Europa entre as pessoas mais simples e fortaleceu conceitos supersticiosos e crenças em manifestações diabólicas ou divinas. Esses conflitos podem ser vistos em obras, como As Ten­tações de Santo Antonio, Carroça de Feno e Os Sete Pecados Capitais.

Das obras de Bosch a mais instigante é, inegavelmente, o triptico chamado O Jardim das Delicias. No painel da esquerda, chamado Paraíso terrestre, o artista retrata a criação de Adão e Eva, tendo como cenário uma paisagem exótica e nada parecida com a imagem do paraíso descrito na Bíblia. O painel central é o próprio Jardim das Delícias. Aí, estranhos personagens, animais, frutos, aves e peixes parecem realizar um movimento delirante. Mas, no painel da direita — O Inferno Musical —, Bosch cria um clima complexo e terrível. Misturando formas humanas, animais, vegetais e minerais em meio a tons sombrios e soturnos, descreve um pesadelo próprio dos que viviam aterrorizados pelo medo do inferno.

Bruegel: um retrato das pequenas aldeias do século XVI

Apesar de Pieter Bruegel, O velho (1525-1569), ter vivido nas grandes cidades da região conhecida como Flandres, já sob a influência dos ideais renascentistas, ele retratou a realidade das pequenas aldeias que ainda conservavam a cultura medieval. E assim, por exemplo, com Caçadores da Neve, Banquete Nupcial e Dança Campestre. Essa mesma temática foi trabalhada pelo artista em, Jogos Infantis, em que apresenta 84 brincadeiras de crianças.

Quando observamos essa obra, dois fatos nos chamam a atenção. Em primeiro lugar, a composição com grande número de figuras, técnica que o artista dominava com segurança. Em segundo, a atitude das crianças parece que elas não estão brincando por prazer, mas por obrigação, como quem executa um trabalho. Essa sensação é dada pela ausência de sorriso em seus rostos. A melancolia é o traço mais marcante.

Bibliografia:

História da Arte - Graça Proença

Como converter arquivos RMVB para assistir no DVD

Como converter arquivos RMVB para assistir no DVD

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2. Faça você mesmo

Depois de instalado o FormatFactory, execute-o para ver uma tela igual à abaixo:

FormatFactory

Note que os comandos para conversão estão localizados em um campo específico à esquerda da janela. Os recursos são organizados em guias e para o nosso tutorial você deve acessar a guia Vídeo. Nela, clique sobre a opção Todos para VOB.

Todos para VOB

VOB, acrônimo para Video Object, é um formato cujos arquivos estão codificado em MPEG-2, porém, congrega também a legenda, além do vídeo e do áudio. É esse o formato que deve ser gravado em DVDs para que os filmes sejam reproduzidos em aparelhos de DVD.

Quando você clica em Todos para VOB, surge na tela uma nova janela e é por meio dela que são selecionados os vídeos no formato RMVB a serem convertidos. Clique em Adicionar Arquivo para selecionar vídeos para a conversão.

Adicionar arquivo

Selecione os vídeos no formato RMVB que deseja converter. Para selecionar vários vídeos, mantenha pressionada a tecla Ctrl enquanto clica sobre eles. Feita a escolha, clique em Abrir.

Ao fazer isso, você é levado novamente à janela de seleção de arquivos. Lá existe a o

Selecione os arquivos

pção Configurações de Saída. Clique sobre ela para modificar algumas definições relacionadas à qualidade do vídeo convertido.

Configurações de saída

Agora, um adendo. Aqui você deve selecionar o sistema de vídeo a ser aplicado no filme convertido. O FormatFactory conta com as opções PAL e NTSC. A maioria dos televisores atuais funciona com o sistema NTSC, porém, modelos antigos ainda utilizam o PAL-M. Para saber qual selecionar, o mais aconselhado é verificar o manual de sua televisão. As demais configurações podem ser mantidas intactas. Clique em OK para retornar à janela anterior.

PAL  ou NTSC

Antes de iniciar a conversão, selecione a pasta de destino dos arquivos convertidos. Por padrão, este local é um subdiretório dentro do diretório em que foi instalado o FormatFactory. Se desejar selecionar outro, clique no botão Browser na base da janela.

Se  desejar, selecione um novo destino

Terminadas todas as configurações, clique em OK.

Clique em OK

Você volta para a tela inicial do conversor e agora está tudo pronto. Para iniciar a conversão, clique no botão Iniciar presente na barra de ferramentas.

Inicie a conversão

Todas as tarefas do FormatFactory ficam enfileiradas e são executadas automaticamente em sequência. Você pode acompanhar o progresso das conversões por meio da barra exibida no programa.

Acompanhe a conversão

Finalizadas as conversões, você tem em mãos os arquivos no formato VOB. Agora basta selecionar um software de sua preferência capaz de gravar vídeos em DVD.

Programa para axiliar professores: NAVEGADOR DE INTERNET

Mozilla Firefox 3.6.2

"A versão final do Firefox acaba de sair do forno com melhorias em velocidade, compatibilidade e personalização"


Acaba de ser lançada oficialmente a versão 3.6 do Mozilla Firefox, um dos navegadores que mais cresce em número de usuários atualmente. Desde o lançamento da terceira geração do browser, seus desenvolvedores buscam sempre aperfeiçoá-lo, um dos grandes objetivos desta nova versão.

O Firefox, que sempre foi um dos navegadores mais inovadores de todos os tempos, agora busca melhorar algumas de suas ferramentas de acordo com boas inovações lançadas no IE8 e no Opera, os dois maiores concorrentes da Mozilla. As novidades da versão 3.6 remetem a velocidade, compatibilidade e personalização.

Finalmente a versão final!

As versões intituladas de RC ou Release Candidate (Candidata ao Lançamento) são prévias quase idênticas do que ocorrerá na que deve ser a final. Elas são úteis para que os usuários testem o programa, confiram suas novidades e, o mais importante, identifiquem falhas e problemas.

O lançamento de uma versão final também é fundamental para que os desenvolvedores de plugins e add-ons atualizem seus aplicativos e evitem problemas de compatibilidade (o que ocorreu em alguns casos na versão RC). Dessa forma o Firefox pode ser utilizado por todos sem receios de que grandes problemas apareçam.

Novidades do Firefox 3.6

Personas nativo

Uma das maiores novidades fica para aqueles que gostam de personalizar o computador, já que o Personas agora é parte integrante do Firefox. Para quem não sabe, o Personas é um plugin desenvolvido pela própria Mozilla que permite que o usuário aplique uma série de temas diferentes no navegador com um simples clique do mouse. A vantagem dos temas desenvolvidos para este sistema é sua incrível leveza, sem pesar em memória e processamento para a máquina.

Todos os  belos temas do Personas direto no Firefox

Abas no Windows 7

Quem já possui o Windows 7 confere uma novidade que facilita muito a navegação pelas diferentes abas do Firefox. Com o programa aberto, basta ao usuário deixar o ponteiro do mouse alguns instantes sobre o ícone presente na jumplist para que no canto inferior da tela sejam exibidas miniaturas de todas as abas abertas, conforme a imagem abaixo:

Em vez de precisar clicar em alguma aba para acessá-la, basta arrastar o mouse por cima delas para que sejam exibidas. Este novo recurso permite alternar de maneira muito mais prática entre as janelas, principalmente quando diversas abas de navegação estão abertas.

Além dessa novidade, agora as novas abas aparecem de maneira adjacente à que você estava navegando. Na versão anterior do navegador elas sempre surgiam na ponta direita da tela.

Mais melhorias a caminho

O Firefox 3.6 é o começo do desenvolvimento até chegar à versão 4.0. Os desenvolvedores do navegador têm alguns objetivos já definidos quanto à velocidade de navegação, como melhorar a inicialização e as tarefas básicas de navegação. Isso inclui abrir uma nova aba, abrir uma página favorita, completar automaticamente um endereço e executar conteúdos ricos de mídia.

Em termos de personalização, os objetivos são: desenvolver temas leves que não necessitem reinicializar o navegador, customização do navegador com base no histórico pessoal do usuário e gerenciamento de identidades.

Funções complementares que são alvo dos desenvolvedores incluem busca por abas, ferramentas como restauração e criação de grupos de abas, além de melhorias no gerenciamento de arquivos dentro da janela de downloads. O vídeo abaixo mostra um bom resumo das novidades da versão 3.6 do Mozilla Firefox:

O que você já conhecia

Navegação privativa

A versão 3.6 do Firefox manteve o modo de navegação privativa, inspirado nos moldes lançados pela oitava versão do Internet Explorer. A função se encontra no guia “Ferramentas” e pode ser iniciada a qualquer momento, sem que você perca seus dados de sites normais no processo.

Navegue no Firefox sem deixar vestígios

O grande diferencial deste modo é que, enquanto você navega privativamente, nenhum dado inserido durante a navegação é salvo no computador. Isso é muito útil para entrar em sites bancários, por exemplo, sem que nenhum rastro seja deixado por você em sua máquina.

Limpeza de histórico personalizada

O Firefox permite decidir qual período de tempo no passado você gostaria de excluir do Histórico. A limpeza ocorre da mesma maneira que nas versões anteriores, dentro do guia “Ferramentas”, mas permite que você decida apagar algumas horas, dias ou o histórico inteiro de navegação.

Navegação ciente de localização

Outra característica muito interessante do navegador da Mozilla é sua capacidade de informar exatamente a localização do computador no globo, o que permite a sites com funções compatíveis oferecerem o conteúdo ideal para suas necessidades.

Ao adentrar um site que ofereça o recurso, o Firefox pergunta se você deseja enviar sua localização para o serviço. Vale lembrar que nenhum dado ou informação pessoal será utilizado contra você, oferecendo apenas sua localidade a partir do IP de origem de sua máquina.

Rapidez na exibição

Outra mudança substancial na estrutura do programa é em relação ao Gecko layout engine, que possibilita visualizar o conteúdo das páginas de uma maneira mais rápida e funcional que as versões anteriores do navegador, minimizando erros.

Também para se adaptar aos novos conceitos do desenvolvimento na internet, o navegador apresenta suporte para o novo formato HTML 5, que conta com inovações em diversos aspectos, em especial no que se refere à mídia exibida nos sites e páginas da web.

baixar Mozilla Firefox

Programa para axiliar professores: PERMITE "PEGAR" VIDEOS DA INTERNET PARA O COMPUTADOR

RealPlayer SP 1.1 Build 12.0.0.614

"A versão mais recente do RealPlayer conta com recursos que o tornam uma das melhores opções do mercado."

O RealPlayer é um dos players mais completos e antigos disponíveis no mercado atualmente. Com o propósito original de reproduzir arquivos próprios no formato RealMedia, em pouco tempo o programa foi se diversificando e hoje é capaz de reproduzir diversos formatos de mídia diferente sem problema algum.

Em sua versão mais recente, os desenvolvedores da RealNetwork decidiram abandonar a numeração e utilizar a sigla SP, que significa “Social and Portable” (social e portátil). Essa nova filosofia tem como base a possibilidade de integrar os serviços do player com dispositivos portáteis e redes sociais, permitindo que você veja vídeos e músicas em qualquer lugar de maneira fácil.

Para quem sente falta da numeração utilizada nas versões anteriores, o RealPlayer SP é correspondente a versão 12.0.0.591 do produto.

Um player bastante versátil

Ao utilizar o programa pela primeira vez já é possível notar que o player está mais leve do que nas versões anteriores, exigindo um tempo menor para carregar. Todas as funções básicas que se esperam de um programa do tipo estão presentes, como a reprodução de vídeos, músicas, discos de DVD e CD, além da possibilidade de reproduzir mídia por streaming.

Alguns detalhes tornam a reprodução de arquivos mais cômoda, permitindo voltar facilmente à tela de Reprodução Atual. Por exemplo, quando o usuário está visualizando algum vídeo e clica em outra das opções disponíveis do programa, o arquivo continua sendo reproduzido, reduzido a uma pequena janela no canto direito inferior do programa. Basta clicar duas vezes em cima dela para voltar a exibir o vídeo em tela inteira.

Caso você deseje saber das últimas novidades sobre o RealPlayer SP ou acessar uma grande variedade de mídias diferentes, é só clicar na janela “Real Guide”. Nela estão disponíveis diversos recursos, como a possibilidade de ver e baixar trailers de filmes ainda não lançados, shows e discos musicais na íntegra, além de programas de televisão, emissoras de rádio online e uma grande variedade de jogos.

O RealPlayer SP possui uma biblioteca de arquivos bastante organizada, permitindo ao usuário localizar facilmente qualquer tipo de mídia que possua no computador. E, o melhor, não é preciso deixar tudo em uma pasta específica.

Isso porque o programa faz uma análise completa do disco rígido e adiciona todos os arquivos compatíveis de maneira automática. É claro, caso você deseje, pode incluir somente algumas pastas ou arquivos determinados.

Diversos formatos compatíveis

Assim como as demais versões do programa, o destaque é a capacidade de reproduzir arquivos no formato próprio RMVB (RealMedia Variable Bitrate), capaz de exibir vídeos com qualidade semelhante ao formato DivX/XVid, mas ocupando pouco mais da metade do tamanho que este.

Porém, engana-se quem pensa que o RealPlayer SP só serve para reproduzir o formato próprio da Real Media. Em sua versão gratuita, o player é capaz de reproduzir as seguintes extensões:

  • MP3, M3U, WAV, MPEG, MPG, MPV,
  • MPS, M2V, M1V, MPE, MPA, AVI, MP4,
  • M4E, M4V, WMA, WMV, WAX, ASF, ASX,
  • WM, WMX, WVX, MOV, QT, AAC, M4A,
  • MP2, MP1, MPGA, PLS, XLP, SSM,
  • AU, AIF, AIFF, MID, MIDI, RMI, ACP,
  • 3GP, 3G2, AMR, AWB, DIVX, FLV

Recursos que vão além da simples reprodução de mídia

Uma das maiores novidades presentes nesta versão do RealPlayer é a possibilidade de baixar qualquer vídeo hospedado no YouTube de forma fácil, em um formato totalmente compatível com o player.

Fazer isso é tarefa fácil: após instalar o RealPlayer SP, basta acessar o site de vídeos e deixar o mouse alguns instantes em cima do que está sendo reproduzido. Uma janela com a frase “Fazer Download do Vídeo” surgirá, clique nela para começar a baixá-lo.

O vídeo baixado será adicionado automaticamente à biblioteca de mídia do programa. Para quem possui conta no Facebook, Orkut, Twitter ou MySpace, um recurso interessante permite compartilhar esses vídeos diretamente nos sites de relacionamento.

Basta clicar no ícone correspondente a cada site e uma janela do navegador abrirá, exibindo a opção de postar o vídeo. Caso prefira, o programa também possibilita encaminhar os arquivos por email.

Como o RealPlayer SP grava todos os dados referentes às origens dos arquivos baixados, automaticamente insere o endereço no qual o vídeo do YouTube está localizado, poupando ao usuário o trabalho de copiar e colar o link correto.

Grave e transfira arquivos para diversos aparelhos portáteis

Assim como nas versões anteriores, o RealPlayer SP permite gravar facilmente qualquer arquivo de mídia presente no computador em CDs ou DVDs. Isso tudo, é claro, se os arquivos selecionados não possuírem alguma restrição de direitos autorais.

Para quem deseja levar a biblioteca do computador para qualquer lugar, o programa possui um conversor de vídeos e músicas bastante versátil, que permite modificar sua extensão.

O player disponibiliza uma completa lista de aparelhos compatíveis para suas conversões. Entre as opções disponíveis estão arquivos para iPod, iPhone, smartphones da BlackBerry, Samsung, HTC, Nokia e PALM, consoles como o PSP, PlayStation3 e Xbox 360 ou simplesmente extrair o áudio desses arquivos para o formato MP3.

Edição de vídeos

Torne-se um  editor de vídeos com este player

Se você curte manipular vídeos, o RealPlayer SP também oferece uma ferramenta para sua diversão ou trabalho. O “Montador do RealPlayer” possui acessibilidade bem facilitada, acionado pelo menu “Ferramentas” ou durante download ou exibição do vídeo.

Esta última, com certeza, é a maneira mais rápida, basta passar o mouse em cima da tela durante execução do arquivo e a opção “Fazer montagem” é exibida.

Com esta funcionalidade, o programa possibilita que os vídeos sejam “cortados” ao gosto do freguês, ou seja, você vira um editor e tem controle sobre quais cenas prefere armazenar ou compartilhar.


Programa para axiliar professores: DECODIFICADOR DE VIDEOS

XP Codec Pack 2.5.1

"Diga adeus aos problemas de incompatibilidade utilizando este pacote completo com os codecs mais requisitados!"

Ao abrir determinado vídeo ou música no computador, é muito comum o player utilizado se mostrar incapaz de reproduzir o arquivo. Por mais que o usuário verifique a integridade do arquivo, o problema persiste, causando uma série de dores de cabeça. Nesses casos, normalmente o problema é a falta de instalação de algum codec.

O que são Codecs?

Codecs nada mais são do que alguns arquivos responsáveis por fazer a codificação e decodificação de determinados arquivos de mídia. Eles permitem a compactação de arquivos, fazendo com que vídeos e músicas não ocupem tanto espaço do disco rígido, ao mesmo tempo em que mantêm qualidade visual e sonora.

Explicando de maneira resumida, codecs são códigos próprios de cada formato utilizados para diminuir um arquivo, permitindo economia de espaço. Para que o computador seja capaz de ler a informação contida nesses arquivos, é necessário que possua os codecs correspondentes instalados. É como se fosse um intérprete, capaz de entender e se comunicar nas mais diferentes linguagens. Mais detalhes podem ser encontrados no artigo “O que são codecs?”.

Pacotes de codecs

Atualmente existem diversos formatos de codecs diferentes, cada um deles sendo mais bem sucedido que o outro no que diz respeito a compactar informações sonoras ou visuais. Devido a essa grande diversidade, é quase impossível saber o código utilizado em todos os arquivos que desejamos reproduzir no computador.

Por isso se torna útil possuir um pacote de codecs instalado no computador. Estes programas possibilitam decodificar automaticamente os mais diversos formatos diferentes, dando mais comodidade ao usuário que não quer ter dor de cabeça na hora de assistir a um vídeo ou escutar uma música.

Diga adeus à incompatibilidade

O XP Codec Pack é um dos pacotes de codecs mais completos disponíveis atualmente, permitindo que você abra os formatos mais comuns de músicas e vídeos sem dificuldades. Junto aos diversos códigos, o programa ainda traz o Media Player Classic, um player de vídeo bastante completo e leve, que dispensa a utilização de outros aplicativos para acessar arquivos de mídia.

Os codecs contidos no pacote são os seguintes:

  • AC3 Filter 1.63b, AVI Splitter 1.0.0.9, CDXA Reader 1.0.0.2, CoreAAC 1.2.0
  • CoreFlac Decoder 0.4, FFDShow MPEG-4 Video Decoder 2008.12.19, GPL MPEG 1/2 Decoder 0.1.2.0
  • Matroska Splitter 1.0.3.0, OggSplitter/CoreVorbis 1.1.0.79, RadLight APE Filter 1.0.0.4
  • RadLight MPC Filter 1.0.0.4, RadLight OFR Filter 1.0.0.4, RealMedia Splitter 1.0.1.2
  • RadLight TTA Filter 1.0.0.2, The Codec Detective 2.0, VSFilter (DirectVobSub) 2.38

O processo de instalação é descomplicado, basta seguir os passos apresentados pelo programa, selecionando a pasta onde o pacote deve ser localizado e quais componentes devem ser incluídos. Caso você entre em dúvida sobre o que determinado item faz, basta clicar em cima dele para que uma breve descrição seja exibida. Como o software é totalmente em português, não deve haver maiores dificuldades no processo.

Importante!

Após a instalação, pode parecer que nada mudou, mas a diferença é notada quando você tentar executar algum arquivo de mídia. Vale lembrar que não é recomendado possuir diversos pacotes de codecs instalados no computador.

Esses pacotes costumam entrar em conflito e modificar a configuração de players, o que pode resultar em incompatibilidades e impossibilidade de abrir arquivos que costumavam funcionar corretamente.

Clique aqui para baixar
http://www.baixaki.com.br/site/dwnld30616.htm

"MATERIAL DE APOIO": Lingua Portuguesa professora Jaqueline

Dimingo no Parque


O rei da brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!...

A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...

O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...

Foi no parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...

O espinho da rosa feriu Zé
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...

O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Oi girando na mente
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...

Juliana girando
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)...

O sorvete é morango
É vermelho!
Oi, girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi, girando, girando...

Olha a faca! (Olha a faca!)
Olha o sangue na mão
Ê, José!
Juliana no chão
Ê, José!
Outro corpo caído
Ê, José!
Seu amigo João
Ê, José!...

Amanhã não tem feira
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!...

Gilberto Gil



VIDEO: Domingo no Parque, apresentado nos festivais.
http://www.youtube.com/watch?v=Zbv3M-AdxC0&feature=player_embedded

NARRATIVAS PROSA E VERSO: PROJETO professora Sandra

ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO


I

É bom que seja assim, Dionísio, que não venhas.

Voz e vento apenas

Das coisas do lá fora

E sozinha supor

Que se estivesses dentro

Essa voz importante e esse vento

Das ramagens de fora

Eu jamais ouviria. Atento

Meu ouvido escutaria

O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.

Porque é melhor sonhar tua rudeza

E sorver reconquista a cada noite

Pensando: amanhã sim, virá.

E o tempo de amanhã será riqueza:

A cada noite, eu Ariana, preparando

Aroma e corpo. E o verso a cada noite

Se fazendo de tua sábia ausência.



II

Porque tu sabes que é de poesia

Minha vida secreta. Tu sabes, Dionísio,

Que a teu lado te amando,

Antes de ser mulher sou inteira poeta.

E que o teu corpo existe porque o meu

Sempre existiu cantando. Meu corpo, Dionísio,

É que move o grande corpo teu

Ainda que tu me vejas extrema e suplicante

Quando amanhece e me dizes adeus.


III

A minha Casa é guardiã do meu corpo

E protetora de todas minhas ardências.

E transmuta em palavra

Paixão e veemência

E minha boca se faz fonte de prata

Ainda que eu grite à Casa que só existo

Para sorver a água da tua boca.

A minha Casa, Dionísio, te lamenta

E manda que eu te pergunte assim de frente:

À uma mulher que canta ensolarada

E que é sonora, múltipla, argonauta

Por que recusas amor e permanência?


IV

Porque te amo

Deverias ao menos te deter

Um instante

Como as pessoas fazem

Quando vêem a petúnia

Ou a chuva de granizo.

Porque te amo

Deveria a teus olhos parecer

Uma outra Ariana

Não essa que te louva

A cada verso

Mas outra

Reverso de sua própria placidez

Escudo e crueldade a cada gesto.

Porque te amo, Dionísio,

é que me faço assim tão simultânea

Madura, adolescente

E por isso talvez

Te aborreças de mim


V

Quando Beatriz e Caiana te perguntarem, Dionísio

Se me amas, podes dizer que não. Pouco me importa

ser nada à tua volta, sombra, coisa esgarçada

No entendimento de tua mãe e irmã. A mim me importa, Dionísio, o que dizes deitado, ao meu ouvido

E o que tu dizes nem pode ser cantado

Porque é palavra de luta e despudor.

E no meu verso se faria injúria

E no meu quarto se faz verbo de amor


VI

Três luas Dionísio

Não te vejo

Três luas percorro a casa minha

E entre o pátio e a figueira

Converso e passeio com meus cães

E fingindo ao te ver

Digo a minha estrela, essa que é inteira prata 10 mil

sóis

Sírios pressagam que Ariana pode estar sozinha sem

Dionísio Sem riqueza ou fama porque há dentro dela um

som maior

Amor que se alimenta de uma chama

Movediça e lunada

Mais luzente alta quando tu Dionísio não estás

Três luas, Dionísio, não te vejo



VII

É licito me dizeres, que Manan, tua mulher

Virá à minha Casa, para aprender comigo

Minha extensa e difícil dialética lírica?

Canção e liberdade não se aprendem

Mas posso, encantada, se quiseres

Deitar-me com o amigo que escolheres

E ensinar à mulher e a ti, Dionísio,

A eloqüência da boca nos prazeres

E plantar no teu peito, prodigiosa

Um ciúme venenoso e derradeiro.



XIII

Se Clodia despregou Catuno

e teve Rufus, Quintios e Gelios

Inácios e Ravidus

Tu podes muito bem Dionísio

ter mais cinco mulheres e desprezar Ariana

Que é centeia e ancora

Que é centeia e ancora

E refrescar tuas noites

com teus amores breves

Ariana e Catuno luxuriante

Eterna eternidade, a coisa breve

A alma dos poetas não inflama

Nem é justo Dionísio pedires ao poeta

Que seja sempre terra o que é celeste

E que terrestre não seja o que é só terra.


IX

Tenho meditado e sofrido

Irmanada com esse corpo

E seu aquático jazigo

Pensando

Que se a mim não me deram

Esplêndida beleza

Deram-me a garganta

Esplandecida: palavra de ouro

A canção imantada

O sumarento gozo de cantar

Iluminada,

ungida.

E te assustas do meu canto.


X

Se todas as tuas noites fossem minhas
Eu te daria, Dionísio, a cada dia
Uma pequena caixa de palavras
Coisa que me foi dada, sigilosa
E com a dádiva nas mãos tu poderias
Compor incendiado a tua canção
E fazer de mim mesma, melodia.

Se todos os teus dias fossem meus

Eu te daria, Dionísio, a cada noite

O meu tempo lunar, transfigurado e rubro

E agudo se faria o gozo teu



Hilda Hilst