segunda-feira, 13 de junho de 2011


A censura e a Arte

Há no Brasil hoje um falso movimento puritanista, que se esconde por traz dos ditames do politicamente correto, que não só diz o que é certo e errado no cunho social e moral, mas que agora quer ir além e despejar sua forma de ver o mundo sobre a Arte, censurando tudo que não entendem ou não lhes agrada aos olhos, como se a arte fosse feita para isso. Não duvidem que eles possam exigir que se coloquem um sutiã na vênus de milo, ou que se queime toda a obra que aja nudez, sinto arepios em se pensar o que aconteceriam com os quadros magistrais e poeticos de Klint. Como se houvesse algum erotismo latente na nudez artística. Mas contra esta corrente temos todo um movimento artístico e esclarecido que luta contra tais boçais, apesar que não os vejo particularmente como ignorantes, eles me remetem a algo mais odioso e perigoso, me lembram o que Hitler fez com a Arte no durante o nazismo, classificando o que era arte e o que era obras obscenas e feitas segundo ele por "mentes perturbadas e defeituosas"
.
Como educador e historiador temo quando ouço tais palavras incutidas de um discurso simplista e retrogrado, pois vejo nelas a semente de um mal, que quase se alastrou pela terra e fazia isso segundo ele em nome do belo, do puro, da perfeição. Palavras lindas se não viessem do movimento Nazista Arianista e anti-semita, que ceifou milhões de vidas em nome de uma estética social.

Segundo a Constituição brasileira, é "livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença". Por isso, não pode haver mais em nosso país nenhum tipo de interdição a obras de arte e a outras formas de expressão".
Ministro Gilberto Gil

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